O objetivo é proporcionar momentos de escuta qualificada sobre a rotina de crianças e adolescentes
O ano de 2020 permanecerá na memória dos estudantes como um ano diferente, com atividades remotas que resultaram em outra dinâmica escolar. Pensando nos impactos da pandemia, o projeto “Fala que eu te escuto”,criado no Marista Escola Social Santa Mônica, em Ponta Grossa (PR), busca proporcionar momentos de acolhida e escuta.
“As percepções, ações e trocas de experiência são fundamentais na vida escolar. No formato virtual sentimos a necessidade de um momento para o cuidado e bem-estar, promovendo a construção de uma socialização diferente diante da atual realidade”, explica Daniela Aparecida Nascimento , diretora da Escola Social, que atende gratuitamente crianças e adolescentes.
Realizado pela equipe psicossocial da escola, o projeto teve aderência imediata dos alunos de diversas turmas e faixas etárias, dos 6 aos 17 anos, se configurando como um espaço democrático. “Todos têm voz e vez para partilhar inseguranças e dialogar sobre modos de enfrentamento, assim como as situações mais importantes e de impacto na vida. Diante da distância física, os encontros promovem momentos significativos na vida dos estudantes”, reforça Najila Cristina Camargo, psicóloga da Escola Social.
Ações promovem cuidados integrais
O Marista Escola Social Santa Mônica atende cerca de 650 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no Bairro Jd Santa Mônica. O projeto, que promove um vínculo importante entre a escola e as famílias, recebeu o Selo SESI ODS, uma certificação que premia boas práticas para a prevenção e combate da Covid-19 assim como o comprometimento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela.
A iniciativa irá continuar durante o ano de 2021. “Como o modelo híbrido de ensino entendemos a importância de realizar ações que vão além dos muros da escola, que propõe soluções para contribuir com o bem-estar dos estudantes e suas famílias nesse momento em que vivemos”, afirma Daniela.
Para este ano, o projeto prevê o alcance ainda maior dos alunos em temas importantes a serem debatidos e refletidos. “Continuaremos nos dedicando para que impacto que essa ação tem na rotina, nos estudos e, sobretudo, na saúde mental das crianças e adolescentes, seja ainda mais forte durante esse ano”, revela Najila.