A onda de calor e as mudanças repentinas de temperatura provocaram uma série de dúvidas por todo país. O mês de julho de 2023 apresentou o dia mais quente do ano registrado pelos órgãos internacionais que monitoram as mudanças climáticas em nosso planeta. Além do calor excessivo, o impacto das mudanças também provoca chuvas torrenciais e incêndios florestais, por exemplo. Se para os adultos entender essa variação já é uma tarefa árdua, imagina para as crianças e adolescentes? Enquanto os termômetros registravam esse aumento, os professores em sala de aula utilizavam as disciplinas para explicar tantas mudanças.
Para o professor de Geografia e Ciências Humanas João Marcelo Vela, do Marista Escola Social Lucia Mayvorne, localizado em Florianópolis (SC), a sala de aula é uma boa oportunidade para abordar esses questionamentos dos alunos. “O currículo de geografia nos permite conhecer o planeta e o espaço geográfico de diversas maneiras e por distintos olhares. A própria geografia em si reforça a reflexão e criticidade diante do modelo de sociedade de consumo e das práticas que afetam negativamente o nosso meio, como os desmatamentos, poluição, desigualdade social, falta de planejamento urbano, entre outros”, revela.
De olho no vestibular
Além do tema ser aprofundado na Escola tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, também pode ser abordado em diversas disciplinas e atualidades. “Os alunos do terceiro ano devem estar de olho nos temas da atualidade que podem aparecer no vestibular, como o aquecimento global, a Amazônia e os rios voadores, relacionando à questão indígena e o marco temporal, à questão da terra e os movimentos sociais do campo, refletindo e problematizando sobre desmatamentos e fronteiras agropecuárias, todas são questões que impactam as mudanças climáticas”, afirma Vela.
Para o professor, o entendimento e a reflexão sobre as mudanças climáticas auxilia os alunos a pensarem nas próximas gerações. “O planeta nos dá, já há algum tempo, sinais de que o modelo de sociedade baseado no consumismo deve ser superado para que possamos ao menos tentar restabelecer certo equilíbrio com a natureza e dar a chance para que as futuras gerações não sejam obrigadas a viver em condições climáticas severas”, finaliza.