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Meditação para crianças e adolescentes: fuja dos mitos sobre a prática

30/08/2022

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A retomada da pandemia trouxe muitas mudanças para o cotidiano de crianças e adolescentes, que após longos meses em casa, experimentam o retorno à escola, a socialização e a convivência diária. Por isso, pais e responsáveis perceberam a importância de oferecer atividades alternativas que contribuam para o bem estar das crianças e adolescentes, como a meditação. 

Segundo estudos publicados no Lazar Lab, Instituto da Universidade de Harvard, a meditação colabora para o controle das emoções, no foco da conquista de objetivos, na melhora do sono e da ansiedade, por exemplo. Para a psicóloga  Michele Santiago, do Marista Escola Social Irmão Lourenço, é aí que entra a importância da meditação. “Meditar pode ajudar as crianças e adolescentes a concentrarem-se melhor para processar os seus pensamentos e sentimentos. Isso os ajuda a descansar a mente e auxilia no desenvolvimento emocional”, pontua.

Novo normal repleto de informações

A facilidade de acesso à tecnologia, a rapidez da comunicação on-line e o consumo massivo de conteúdos resulta em jovens com mentes ainda mais inquietas, que podem ter dificuldade de concentração nas situações ou tarefas diárias. “É comum a criança e o adolescente que passa mais tempo em casa com a família recorrer a atividades no modo on-line, como jogos e conversas com os amigos. Fortalecer a prática da meditação auxilia a encontrar também esse equilíbrio”, reforça. 

No senso comum, existem alguns mitos que fazem parecer que as práticas meditativas são difíceis demais para quem não tem muito contato com o tema. Confira a seguir alguns dos mais frequentes.

1 – É preciso deixar a mente livre de pensamentos

Na verdade, deixar a mente vazia é impossível. O que acontece é que, praticando meditação, exercita-se o hábito de observar os pensamentos como se fossem nuvens de passagem, sem tentar controlá-los ou bloqueá-los. 

Assim, é possível liberar o estresse e relaxar a mente e o corpo, o que torna mais fácil pensar com clareza.

2 – Para meditar, é preciso ter um estilo de vida zen

A meditação é para todos. Qualquer pessoa que esteja interessada em seus benefícios pode inseri-la em sua rotina e, com disciplina, vai começar a senti-los. Também não é preciso dedicar horas para a atividade: poucos minutos por dia, na posição que for mais confortável, são suficientes para criar o hábito. 

Começar em meio à pandemia pode ser uma boa ideia. Além de promover o relaxamento, é uma oportunidade de estabelecer um vínculo entre os membros da família, que podem compartilhar suas experiências e o que sentiram durante as suas práticas.

3 – As crianças e os adolescentes não vão se interessar 

É importante trazer a ideia da meditação como algo acessível e leve. Uma boa ideia é dar o exemplo, propondo que vocês façam uma meditação guiada ou um exercício de respiração juntos quando achar que poderiam se beneficiar da prática. É uma forma de despertar interesse e promover o hábito.

Os efeitos da meditação podem ser sentidos de formas um pouco diferentes a depender da idade. Isso porque as diferentes faixas etárias enfrentam desafios distintos no dia a dia. “Para as crianças, que se deixam levar pela força de suas emoções mais facilmente, meditar ajuda a dormir melhor e estabelecer interações sociais melhores. Já para os mais velhos, que sentem muita pressão social para serem aceitos, a prática traz uma sensação de segurança e estabilidade que é muito importante nessa fase”, explica a psicóloga Michele Santiago.

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